quarta-feira, 14 de maio de 2008

A primeira confissão...



O não-destino de um coração sem amor

“Sem destino sigo no meu caminho, perdido.”

Não há solução para um problema assim

Pois não se trata de um coração ferido.

É a história de um desencontro sem fim...


De um coração que vaga no universo

Em busca de algo que não lhe é de direito.

E quem sabe, na tristeza de um verso

Eu possa fazer seu lamento e seu leito.


Um coração que só queria saber o que é o amor,

Ansioso para experimentar essa euforia

Sem saber que seu destino não é o que gostaria

E sim cuidar de seus iguais para ajudar na dor.


Quão triste ficou o coração que percebeu

Que sua missão é cuidar do amor

Reparar, nutrir, reconstruir o amor que há no mundo

Sem que ele tenha algum para chamar de seu...

E em sua vida, essa seja sua única dor...


Rio, 14/05/08



Estava em casa, pela manhã, e ouvia algumas de minhas músicas. Músicas românticas, baladas, que me lembram sentimentos bons e me fazem entrar em contato com o meu "eu" mais escondido... Talvez aquele que só quem me conheceu de verdade conheça. Perdido no meu "eu mais profundo", lembrei de uma conversa que tive com um amigo na noite anterior. Na conversa ele me disse que sou uma pessoa muito otimista e que sempre estou preocupado com ele. De fato, o bem estar dele e de muitos como ele é uma prioridade na minha vida pois isso me faz feliz de verdade. Posso arriscar dizer que uma das coisas que mais me dá alegria.


Depois de pensar nisso procurei alguma outra forma de amor e mim. É, eu não achei. Eu nunca aprendi a amar e até hoje sinto que não sei. Posso apostar que alguém que estiver lendo vai dizer "mas ninguém aprende a amar". Será? Será que não existe uma regra básica sobre o que é ser uma pessoa amada? Às vezes parece que sim. A procura de uma pessoa que se aproxime do que você deseja, sonha, ou nem imagina como seja é árdua e muitas vezes sem o menor sentido.

Quantas vezes você já se pegou pensando se você tem tudo para ser amado? Já se pegou pensando que não se lembra de qualidades que lhe pertencem quando o assunto é relacionamento? Que você erra mais do que acerta?
As vezes é difícil se manter firme sobre o que pensamos sobre nós mesmos, não é?

Nesse momento me perguntei: será que eu vou ter isso um dia?

3 comentários:

Anônimo disse...

Ah as angústias de un pisciano...
ando tão cética que já nem sei se existe mesmo amor. Você para e pensa: Será que ninguém nunca vai me amar? Ou...será que ninguém vai me amar do jeito que eu mereço? Mas aí você reflete e pensa: Será mesmo que eu faço por merecer?
Questãozinha complexa essa...

Cidadão Comum disse...

é... de dois piscianos...
tb já pensei se eu faço por merecer...
acho q quando mais a gente se pergunta menos a gente entende, né? mal de gente profunda...
parece q nós piscianos nos entendemos mesmo sem achar respostas para nossas perguntas, né?...

Fiu disse...

um aquariano pergunta então a dois piscianos:
será que ao invez de buscar o amor fora de si, não está no momento de buscar o amor dentro?

o verdadeiro amor é realmente o amor que recebemos?

cristo, que não deve ser encarado como um ser e sim um simbolismo, diz:

"amaivos uns aos outros" mas como podemos amar aos outros se não conhecemos o amor por nós mesmos?