
É, parece que mais uma vez tudo se configura em uma nova Gestalt. Parece que a Escola de Berlin tinha razão quanto a condição eterna do homem de ver as coisas que o rodeiam da forma mais simples possível mas com a dinâmica dos acontecimentos e das percepções feitas pelos insight’s (captações de funcionamento de algum tipo de problemática, uma espécie de lógica que resolve o problema) o campo se reconfigura novamente gerando um caos que espera nossa reorganização lógica.
Parece complicado não é? Talvez não. Estamos sempre procurando nos acostumar com as coisas que vivemos: fatos, pessoas, coisas, relações, esperanças, sonhos... e em algum momento as coisas se transformam sem nem mesmo nos permitir a assimilação do que aconteceu. Sem pedir licença, sem pedir “por favor”, sem nem mesmo nos mostrar que está vindo, as mudanças nos atacam e fazem ter que ver tudo de uma forma diferente.
As vezes dói, as vezes confunde, as vezes nos deixa sem reação, as vezes nos faz precipitar mas no fundo elas são necessárias. Até onde elas são necessárias? Certas coisas doem tanto. Nós as colocamos em um lugar e aprendemos a viver com ela dessa forma e em um momento ela desaparece e de repente, as coisas voltam e bagunçam tudo e nos causam novas angústias, tristezas, choros, raivas, remorsos... Para que afinal? Para doer mais? Será que as dores que sentimos pela primeira vez não bastam?
Então, tudo acontece de uma só vez e seu mundo cai sobre sua cabeça. Pior do que um coração partido é ter que com ele resolver coisas que só a razão pode resolver. Nessa sexta-feira pude perceber como uma semana pode ser o tempo necessário para você se sentir só, perdido, sem saber para onde ir, sem saber com quem falar e nem mesmo como falar. Me veio na cabeça a típica cena de alguém na chuva, num dia frio, numa rua de um centro de cidade, chorando, sozinho, encostado em um poste de luz no meio da rua escura. Irônico pois...
É difícil ser alguém firme em suas crenças e convicções diante de certas situações, e agora me pergunto: será que devemos mudar só pelo que os outros nos pedem para ser?
Nenhum comentário:
Postar um comentário