Há 9 anos
terça-feira, 14 de abril de 2009
Trovões de Dor
É de um meio de trevas que surge o grito da Dor
Que violenta o silêncio de uma noite tranquila.
É um relâmpago no breu e um trovão que assusta o condor.
Tão alto como o trovão, o grito rasga o vento,
Os ouvidos e o peito de quem ouve a agonia de uma alma.
Alma que se pergunta de onde veio o grito que some lento.
Veio do relento de um coração deserto e frio.
É um som que destrói a paz de uma noite
E reflete o sofrimento de um detento.
Um prisioneiro da Agonia. Jogado nas masmorras
Da solidão e acorrentado com correntes feitas de Culpa.
Que força um grito tem diante do que o cerca?
É só mais um raio no meio da tempestade...
É só mais um trovão na imensidão escura...
Que deixa de ser foco quando o som assustador
Diminui e quem o ouviu volta a seguir seu caminhar.
Quem grita de Dor? Por que grita de Dor?
É uma voz suplicante que busca a redenção
É um peito vazio em que só cabe a Violência de existir.
Pois viver permite pensar e pensar rasga o peito sem matar.
Que tipo de inferno é esse onde nem mesmo se precisa morrer
Para correr nos corredores da Raiva e sem sair do lugar?
A cabeça sofre como o peito por causa dos Trovões
Que saem a plenos pulmões e deixam sem ar.
O Ódio de si toma o corpo machucado da Tortura mental
E sem direção tenta se libertar de tudo e só se machuca mais...
Mas não são paredes de pedra, não são correntes de metal.
A prisão é interna e para a mente não se mente.
Dela não se pode esconder o que nela vaga.
E depois de insistir e magoar a ferida com a tentativa inútil,
O Silêncio retoma seu lugar de carcereiro até que
Tudo recomece: os Trovões expulsem o silêncio
Como relâmpagos na noite escura, "aliviem" o sofrimento,
Gerem mais feridas por tentar se libertar
Desse lugar onde a luz não entra: a mente.
Escrevi essa poesia para alguém que estava se sentindo assim e falou comigo hoje. Quis mostrar que sei como você está se sentindo. Espero que as coisas melhorem. As vezes nem os raio de luz de um anjo podem rasgar algumas escuridões. As vezes as luzes precisam partir de dentro e não de fora.
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