domingo, 1 de julho de 2012

O Que Eu Odeio



O Que Eu Odeio


Se vou ser condenado por sentir algo ruim será agora...
Se vou ser condenado por ser sincero que seja na hora...
Se vou ser condenado por isso, aceito a punição.

O que sinto é ódio, do mais puro, do mais intenso.
Que se prolonga e por mim escorre como um rio extenso
Que vai passando e carregando o que o contorna.

Como a faca que rasga a carne, a água corta a terra
E no cintilar da lágrima, no tintilar da água, se encerra.
Oculto e silencioso ele avança para um mar cada vez maior.

Que venha minha condenação por meu pecado mortal
Ou meu crime capital. Que venha minha sentença
Por odiar com tanto o nada e o tudo que é a distância...

...que me separa de você.

Rio, 01/07/2012 - 20:18

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pensamentos de Uma Noite Fria de Verão


Pensamentos de Uma Noite Fria de Verão


Mais uma noite sem dormir

E o pensamento em você

Me faz companhia

Nesta noite tão fria.


Noites de um verão

Mas que são de inverno pro meu coração

Que bate solitário.


Que destino maldito

Que me afasta de quem, por mim, é querido

E me deixa no relento, perdido.


Imerso no meu eu

Que é todo ele e sua ausência.

Inútil é a minha tentativa de por em versos

E a paciência que me sobra é pouca.


O que quero? Rasgar esta folha!

Tentativa irrisória de expressar

Tudo o que esta falta pode me causar,

Mas o que quero mais... eu não tenho.


Quem me beija é a Ironia

Com seus lábios traiçoeiros e levianos.

Sorrio com o Sarcasmo

Das coisas que ele mesmo me dizia.

Ando com a Ausência

Tão presente quanto um hábito de anos

Companhias das piores

E ainda me falam “não chore”.


É da Saudade que gosto

Quando você não está, ela vem.

Os quatro me lembram você

Mas é a Saudade que não me deixa te esquecer.


Com ela brigo e faço as pazes.

Assiste calada meu choro e minha risada

Enquanto mexe em minhas memórias

Procurando você e nossa história.


Por que não posso ter quem eu amo ao meu lado?

Por que isso me é negado?

Fico preso nesse quadro

Com esses quatro

Numa cena sem desfecho

Que sequer tem um começo

Que tem seu nome no título

Mas tem eu como protagonista.


E esta é só mais uma noite fria de verão.


Rio, 25/01/12

Para voC.ê

Ass: Eu e Saudade.