domingo, 11 de setembro de 2011

Eclipse Lunar

Eclipse Lunar


Foi num eclipse em que te conheci.

Foi quando a luz brilhante da lua cedeu

Que tu aparecestes e como brasa eu ardi.


Sua entrega e mistério eram inebriantes

Como o perfume da rosa mais rosa,

Aroma intenso jamais sentido antes.


Olhares atentos, perdidos no tempo.

Distantes do mundo, próximos um do outro.

Olhares sedentos de um desejo: o encontro.


O encontro das duas forças que nos tornamos

Quando nos olhamos, nos tocamos...

E que não podiam mais esperar até que pudéssemos beijar.


Olhares que diziam tudo e pediam o mundo

Pediam o encontro desses seres

E que em um beijo se concretizou


E não mais somente os olhos se beijavam

Mas também os lábios, que dançavam,

Numa valsa sem música, em perfeita sincronia.


As horas passavam como segundos

Ligeiras e implacáveis, insensíveis

Diante de momentos tão profundos.


A lua saiu da sombra da Terra,

Voltou a refletir o sol,

Voltou a ser brilhante como era.


Iluminou toda a rua

Varreu cada parte escura

E tu sumiras diante da luz da Lua.


Temeroso, me coloquei a rezar,

Pedindo para não ter de esperar

Mais um eclipse lunar

Para poder te encontrar.


Rio, 11/09/2011 - 2:20 AM