sábado, 18 de dezembro de 2010

O que é bom, mas nos faz mal


O que é bom,
mas nos faz mal

As vezes precisamos extirpar de nossas vidas aquilo que gostamos. As coisas que amamos.

Lembranças, pessoas, amores, amizades, lugares, momentos, coisas...

Parecem inofensivas e ao mesmo tempo causadoras de um incrível bem.

"Como viver sem essa coisa boa? Por que me livrar dela? não...".

De fato as coisas que são boas para nós merecem ser conservadas. Precisamos de coisas em nossas vidas que nos causem, nos estimulem, nos incitem a felicidade. Do que serve a vida se não se pode ser feliz nem por 1 único momento?

Lembranças que nos façam rir e reviver aquele momento, objetos que nos remetem a coisas boas, pessoas que nos trazem felicidade, lugares aos quais vamos e nos fazem sorrir...

É bom sentir esse pedacinho de felicidade preso a todas essas partes de nossas vidas. Pensar como nos causam sensações indescritíveis, maravilhosas. Como descreve-las? Seria uma mera tentativa e o resultado seria incompleto, não é?

Como colocar em palavras pequenos gestos contidos em curtos espaços de tempo diante da eternidade que é o passar do tempo? Como descrever o Big Bang de sensações, pensamentos, emoções? De reações químicas, de sinapses, calafrios, arrepios, gostas de suor frio que escorreram, tremores? De excitação, ansiedade, estresse, medo, euforia? De espera, conquista, satisfação, alegria... de felicidade?

É verdade, esse momentos contidos em cada uma dessas pessoas, lugares, objetos e memórias são parte de nossas vidas e nos marcaram.

Mas e quando elas nos fazem mal?

"Mal? Não, acho que não me faz mal."

Será?

E quando você está sozinho no quarto olhando o presente? E quando você pega o ônibus sozinho e passa perto daquele lugar? E quando você acaba tendo aquela lembrança? E quando você vê aquela foto em que lá está a pessoa?... Como fica seu coração? Como você fica? O que você sente? Felicidade? É de felicidade aquela lágrima que rola pelo seu rosto? Ou pelo seu coração, para os que não choram por fora?...

Para onde vai a felicidade que te invade? Ela é dor? E se for?

Se for é preciso pensar. "Será que para mim isto serve? Me faz mas bem do que mal? Será que me impede de seguir, de tentar de novo, de continuar?". As vezes essa dor nos faz parar. Parar no tempo, na vida, na rua, em casa, em nossas mentes, em nossos corações... e ficamos estagnados, presos em lugares que não nos permitem crescer e aprender. A lição fica diante de nós sem ser aprendida. Como eternos alunos de uma disciplina que não entendemos sem sabermos o motivo. E muitas vezes o motivo somos nós, que não queremos decifra-la para subir o degrau seguinte ou dar o próximo passo. E é quando se consegue-se decifrar o que diz a mensagem que vem a pior parte. Perceber que aquilo que tanto amamos precisa ir. Precisa ser jogada fora.

E as perguntas "Como viver sem essa coisa boa? Por que me livrar dela? não..." voltam. E se dá início a pior das etapas: ter de joga-las fora. Deixar de lado tudo o que essas coisas, pessoas, lugares, momentos, sentimentos representam. É como matar uma parte de você, como retirar algo de sua existência, as vezes como tirar uma letra do seu nome ou sua marca registrada... Mas pode ser por causa dela que você ainda não se tornou uma pessoa melhor, maior. Ser forte. Ter força. Esse é o remédio. Pois pode ser matando uma parte de si que encontraremos um novo lugar dentro de nós mesmos para colocarmos algo que nós faça sorrir sem chorar, viver sem parar. Tiramos de um pedestal aquilo que veneramos e o deixamos livre para colocarmos outra coisa. Algo que nos encherá de orgulho, de vivacidade, de garra e força de vontade. Vai preencher o falso preenchimento que tínhamos com o que lá estava. Poderemos ousar, arriscar, buscar o novo e o novo pode ser melhor, pode ser diferente e por ser diferente já tem seu valor. Desafiamos a nós mesmos, por nós mesmos, para darmos algo a nós mesmos. O que se tem a perder? Se não der certo ainda podemos fazer uma vez mais. E outra, e outra... Como já foi comentado nesse blog, o dom maior do Gênero Humano é a capacidade de se recriar a vida e seus modos de ser, de viver. E algum dia, aquele objeto, pessoa, lugar, momento, sentimento vai voltar e ocupar o lugar devido, numa estante, no meio de suas lembranças e vai poder novamente te provocar o riso.

Algo de bom está fazendo mal? Reflita. Pense o que fazer com isso. Escolha o melhor pra você e escolha crescer. Escolha você e se renda a sua capacidade de transformar tudo a sua volta, inclusive você. A felicidade pode estar em lugares e coisas que você não espera.

Atreva-se.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Louco por Você

Louco por Você


Eu enlouqueço

Eu surto

Eu sofro

Eu morro


Faço drama

Faço caras

Faço histórias

Faço tudo


Detalhes ficam enormes

Formas ficam desformes

Se algo muda, muda o mundo

Intenso e profundo


Insano e sem sentido

É tudo ou nada

Num jogo onde só se aceita ganhar


É ter você ou te perder

É ser feliz ou não viver

E sem você resta sobreviver


Exagero pode até ser

Mas como pode ser

Amar sem sofrer


E se é para sofrer

Que seja de amor,

Que seja por gostar.


E o medo de a fantasia acabar

Perturba meu coração

Me faz chorar

Querer gritar


É mais do que dá pra agüentar

Mas você precisa me perdoar

Porque só sinto isso por gostar


Por querer estar

Ao seu redor

Sentindo seu calor


Como me arrepender

De enlouquecer

Por pensar em te perder

Se até ontem eu não sabia viver?

Se foi com você que aprendi a fazer

Essa vida estranha valer?


Desculpa, mas não posso me arrepender

De gostar tanto de você

De surtar ao pensar em te perder

Ou pensar em te fazer sofrer


Sou louco sim,

Vejo o que não existe.

Acredito numa fantasia

E meu coração persiste.


Minha doença é te querer

Meu sintoma, o medo de perder

E minha felicidade é você...

É você...


04/12/2010 – 09:51 PM

sábado, 27 de novembro de 2010

Errar e Perdoar


Errar e Perdoar


O que posso fazer

Para te dizer,

Que me arrepender,

Não para de acontecer?


Porque te machucar

Acontece sem parar

E assim vou me odiar

Sem me perdoar.


Você me faz sonhar

E também acreditar

Que pode se realizar

E com você quero estar.


Não quero te perder.

Não tem o que temer.

Seu eu quero ser.

Não te quero ver sofrer.


Sou mestre em errar

Mas sei me desculpar.

É o que estou a tentar.

Você conseguiu me viciar.


É em você que estou a pensar.

Não tenho como parar.

Não há porque se preocupar,

É você que vou beijar...


Pode me perdoar?


01:59 AM – 27/11/2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Meu nobre Cavaleiro

Meu nobre Cavaleiro


Nobre Cavaleiro que no chão se encontra,

Acalma teu coração e teu medo me conta.

Confia em minha voz e em minhas palavras

E acharás a solução da batalha que travas.


És forte não pelo peso de tua armadura,

Mas porque te vestes com tua Bravura.

És bravo não por teus feitos passados,

Mas porque és Determinado.


Afasta a confusão de tua mente, meu nobre.

Afasta a voz que pra ti mente, meu cavaleiro.

Homem como tu, de Espírito não és pobre.

Homem como tu, és Guerreiro Verdadeiro.


Tuas fraquezas são teus limites

Porém, tuas virtudes tuas asas:

Tua Honra, tua Coragem, tua Força,

Tua Garra, teu Coração... teu Sorriso...


Ergue-te com a graça do vitorioso,

Aquece teu coração Bondoso.

Enfrenta teus medos com Leveza,

Branda tua espada com Firmeza.


A vitória de uma mente poderosa

Vem do coração que acredita...


Acredita em tua Luz e vais brilhar,

Em tua Força e vais levantar,

Em teu Poder e vais vencer.


Tua Nobreza serás teu escudo.

Tua Coragem tua espada.

Tua Esperança tua Luz...


E minha voz teu guia

Tua companhia na jornada da vida...

Meu nobre Cavaleiro.

sábado, 11 de setembro de 2010

Quero e quero Agora!


Quero e quero Agora!

Quero você e quero Agora!
Quero e sem demora.
Quero sem pensar na hora.
Bater na sua porta,
Ignorar o que tem envolta.
Te beijar já pensando quando vou estar de volta.
Te ouvir dizer "não me solta", te dizer "me beija como você gosta".
Andar com você pela costa,
Te abraçar pelas costas
E assistir o sol morrer atrás da encosta.

Rio, 11/09/2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Te ter sem te ter

Te ter sem te ter

Nada se compara

Ao que sinto aqui dentro

É uma dor que não para


É pior do que morrer

Não é qualquer sofrer

Cada minuto dói viver


É não ter pra onde correr

É dentro de si se perder

É sentir o olho arder


É querer e não te ter

É saber que vai doer

Mas deixar bater


É saber que você quer

E não sabe mais no que crer

E fica também sem entender


É te ouvir e não te ver

É você me ver sem me sentir

É chorar sem perceber


É a dor de te ter sem te ter

De sonhar e ter que acordar...

Mas pior que tudo isso... É te ver chorar.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O sonho secreto de um homem no sorriso doce de um menino

O sonho secreto de um homem no sorriso doce de um menino

Hoje eu vi no rosto de um homem
O sorriso de um doce menino.
No rosto firme e determinado
Um sorriso gentil e sonhador.

Foi atravessando um labirinto
Cheio de proteções e níveis
Que encontrei uma grade alta.
Imensa e extensa, azul e dourada.

Atrás dela as tristezas somem
E se pode ver o Sol sempre a pino,
Cisnes no pequeno lago nadando...
O lugar é um Castelo... Encantador...

É muito agradável o que sinto.
Todos os detalhes são visíveis,
Até o rapaz na janela mais alta
Em uma leitura concentrada.

Dedicado ele muito me parece.
Em seus olhos a cede de saber,
Na sua gana a vontade de vencer
E de repente ele desaparece...

Agora está no jardim
A olhar um par de cavalos
Com crinas e couros de cetim,
Talvez pensando em montá-los...

E logo a face firme como pedra
Rasga-se deixando brilhar um sorriso
Que me permite ver o sonho
Do menino que vive naquele homem.

São dois cavalos, são dois homens,
São dois rostos, são dois sorrisos,
Numa sintonia perfeita,
Num cavalgar sincronizado.

A felicidade transborda seus corpos
Inundando o belo lugar com vivacidade,
Esplendor que se reflete nos olhos
Daquele rosto antes firme, agora sonhador.

O encanto é quebrado quando sou notado
Espiando, sem ter sido convidado
Pelos lindos olhos, negros como a ônix,
Agora ofendidos com minha imprudência.

E na velocidade de um suspiro,
Mais uma vez sumiu o menino.
De volta à janela, concentrado.
Comigo talvez incomodado.

Pelo meu atrevimento
Notei seu recolhimento.
Novamente atento
Ele continua lendo.

Esperando aquele alguém
Com quem vai realizar
Aquele sonho de menino
Que o rosto firme está a guardar.